Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 31.3.13
“Mas Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei para mim” (João 12.20).
Jesus falava sobre sua morte, ao assim se expressar. Falar sobre sua própria morte, com naturalidade, sabendo que será morte brutal, não é tarefa para qualquer um. Mas sua palavra não é lamento. E é desconcertante. Por ela, ele revela vários aspectos da sua morte.
O primeiro: ele sabia que não sofreria morte natural. Era um jovem cuja vida seria interrompida de forma violenta. Segundo: ele sabia que seria crucificado. Não seria lapidado, forma de morte por heresia entre os judeus (At 7.58). Seria pelos romanos. Terceiro: que seria naqueles dias, pois sua alma estava perturbada (Jo 12.27). Quarto: ele não fugiria a ela, pois tinha vindo para isso (Jo 12.27). Quinto: isso traria sua glorificação (Jo 12.28). Sexto: sua morte julgaria o príncipe deste mundo (Jo 12.31).
O que mais surpreende e fascina é sua consciência desde então ele seria o ponto de atração para toda a humanidade. Sua morte faria dele o homem mais famoso, mais conhecido, mais amado do mundo. Como diz o hino 574, do HCC, “Um só rebanho”: “Tu és o imã que nos atrai e só por ti adoramos o Pai”. Ele se tornou o ponto central da história. Contamos o tempo em antes e depois dele. Ele dividiu a história. Depois dele, o mundo nunca mais foi o mesmo. E nunca mais o mundo se livrará dele.
Nasceu numa época distante, num país atrasado (em relação a Roma e Grécia), não frequentou nenhuma universidade. Sua maior viagem foi de menos de 300 km. Meus netos de um ano e alguns meses viajaram dez vezes mais que ele.
Figura fascinante que o tempo não esmaece, ele ainda atrai! Não empunhou uma arma, mas conquistou mais vidas que qualquer guerreiro. Não escreveu um livro, mas sobre ele mais artigos, livros, monografias, teses, dissertações se escreveram que sobre qualquer outro vulto. Mais músicas se compuseram sobre ele que sobre qualquer outro personagem. Restaurou mais vidas que qualquer conselheiro. Tirou mais gente da miséria moral, da lama, da vida pecadora que qualquer programa de qualquer governo. As vidas que se abrem para o seu ensino são radicalmente transformadas. Nunca alguém se igualou a ele e nunca alguém causará o impacto que ele causou. Ele atraiu o mundo a si. Empolga hoje como sempre empolgou. Milhões de pessoas, hoje, morreriam por ele com um hino nos lábios! Ele é o Nec plus ultra, o ponto máximo, aquele além de quem nada há.
Bendito seja Jesus! Bendita seja sua cruz! Bendita seja sua morte vicária!
Nesta semana, como devemos fazer em todas, reflitamos amorosamente sobre o homem que mudou o mundo e o destino dos homens pela sua morte. Ele foi levantado da terra e mudou o mundo!
Fascinado pelo Crucificado,
Isaltino Gomes Coelho Filho