Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral do boletim da IB Central de Macapá, 2.6.13
Não, não é a Giselle nem aquelas mulheres artificiais, produtos de maquiagem, cabelereiros, bom ângulo de fotografia, pose estudada e andar esquisito. São modelos morais.
Na meditação “Luz divina”, no “Presente diário” (31.5), há o testemunho de uma família que, inquirida em profissão de fé para o batismo, reportou-se a outra família da igreja. O pai dos candidatos ao batismo disse que, observando a vida daquelas pessoas, eles se decidiram por Cristo para lhe serem iguais. Que bonito!
Fui batizado no dia em que completei 15 anos. Eu travava a grande e decisiva batalha da minha vida: que tipo de homem eu seria? Como não tinha referenciais espirituais em família, fixei-me em dois irmãos na igreja: Irtho Rodrigues Nunes, senhor maduro, e Augusto Farias, um jovem. Eles me foram modelos. Eu os admirava. Muitas vezes eles oraram comigo. Irtho, depois, foi consagrado ao ministério pastoral. Quatro de seus filhos hoje são pastores: Marcos, Hubmaier, Saumir e Márcio. Ele tinha caráter mesmo! Augusto continua na igreja e é irmão do Pr. Ladislau Farias Jr.
Ouvi de uma pessoa que, evangelizada por outra, lhe disse: “Não quero o evangelho porque temo vir a ser como você. Você é um bom religioso, mas é uma pessoa horrorosa!”. Lamentável!
Pastor há quatro décadas, tive ovelhas que me foram e são modelos. Um Aniel Chaves, em Bauru. Um Ediel, na Quadra 02, em Brasília. Um Helmuth e um Adauto, em Campinas. Gente que acrescenta. Tive, também, como todo pastor, ovelhas mais parecidas com bodes. Sempre precisei estar alerta para pessoas e famílias donas de igrejas, que agem nos bastidores. Mas deixa pra lá os maus modelos. Deles Deus cuidará. Mas bons modelos, como são necessários!
Frustra-me ver jovens tão fúteis em nossas igrejas! Eles copiam modelos mundanos, usam gestos e penduricalhos mundanos, e se julgam “antenados”. Sim, são antenados. Com o que há de pior. Adolescente: você está na fase de travar a grande batalha de sua vida: decidir a pessoa que vai ser. Não seja um bocó, massificado pela mediocridade cultural do mundo. Procure bons modelos. Pessoas que sejam honradas, dignas, que inspirem confiança, que tenham caráter.
Jesus foi um modelo fascinante. Pecadores e meretrizes o procuravam. Homens íntegros como José de Arimateia também quedaram fascinados ante ele. Pescadores indoutos se envolveram com ele. Bem como o douto Nicodemos. Ele projetou uma sombra no mundo como homem algum projetou. Ele é o nec plus ultra, o que ninguém ultrapassa. Quer modelo melhor? Vida cristã é procurar imitar o caráter de Jesus, não o de artistas e vultos midiáticos.
Quanto a nós, membros da igreja: somos modelo para alguém ou somos criaturas humanas horrorosas?