IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ
GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA – 18
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho.
INTRODUÇÃO
Estudamos hoje “O dia do Senhor”. Diferentemente de judeus e seitas judaizantes, não guardamos o sábado. Com este estudo segue, para os membros da igreja, o texto contendo o capítulo sobre o sábado, de meu livro A atualidade dos dez mandamentos, 2ª. edição, Juerp. Podem ver vários documentos do primeiro e segundo séculos de nossa era, mostrando que os cristãos guardavam o domingo antes de Constantino. É falsidade histórica alegar que ele mudou o dia de culto e a igreja passou a guardá-lo. Ele adotou o domingo porque a igreja o praticava há três séculos. Mas é matéria do texto anexo.
X. O DIA DO SENHOR
O domingo, dia do Senhor, é o dia do descanso cristão satisfazendo plenamente a exigência divina e a necessidade humana de um dia em sete para o repouso do corpo e do espírito (1). Com o advento do Cristianismo, o primeiro dia da semana passou a ser o dia do Senhor, em virtude de haver Jesus ressuscitado neste dia (2). Deve ser para os cristãos um dia de real repouso em que – pela frequência aos cultos nas igrejas e pelo maior tempo dedicado à oração, à leitura bíblica e outras atividades religiosas – eles estarão se preparando para “aquele descanso que resta para o povo de Deus” (3). Nesse dia os cristãos devem abster-se de todo trabalho secular, excetuando aquele que seja imprescindível e indispensável à vida da comunidade. Devem também abster-se de recreações que desviem a atenção das atividades espirituais (4).
(1) Gn 2.3; Ex 20.8-11; Is 58.13-14
(2) Jo 20.1,19,26; At 20.7; Ap 1.10
(3) Hb 4.9-11; Ap 14.12,13
(4) Ex 20.8-11; Jr 17.21,22,27; Ez 22.8
OBSERVAÇÕES
1. O domingo é o dia da nova criação de Deus, em Jesus. A igreja celebrava a ceia no domingo (At 20.7) e nele levantava ofertas (1Co 16.2). O Espírito Santo veio num domingo (At 2.1), pois Pentecostes (cinquenta dias) caía no domingo. Era o quinquagésimo dia após sete sábados. O domingo é o dia da ressurreição de Jesus, o dia da igreja funcionando como organização (ela é a comunidade movida pelo Espírito Santo), o dia da ceia (celebração) e o dia das ofertas (serviço). Não andamos na velha ordem das coisas, mas na nova ordem. A igreja se reúne aos domingos desde os tempos dos apóstolos (Jo 20.19 e 20.26).
2. O domingo é o dia do Senhor. Não é o dia do crente. Não é correto usar o domingo para praia, estádios de futebol, passeios que distanciem da casa do Senhor e atividades não compatíveis com a vida comunitária cristã. Não se trata de legalismo, mas de uma verdade tão simples que chega a ser truísmo: quanto mais um crente consagrar o domingo, mais consagrado ele será. O dia do Senhor deve ser para o Senhor. Temos seis dias para nossos negócios. Não podemos dedicar um só integralmente ao Senhor?
3. É possível ver a bondade de Deus: temos seis dias para cuidar de nossos negócios. Ele pede apenas um dia para nos envolvermos ativamente com seu reino. Isso não significa que nos demais dias da semana não precisemos ser cristãos ou envolvidos com seu reino. Nada de distorcer o sentido do ensino. É o dia para nos dedicarmos integralmente ao Senhor e às atividades do seu reino. Guardemos o domingo como o dia do Senhor. Leia o item (3) da Declaração.