IGREJA BATISTA CENTRAL DE MACAPÁ
GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA – 26
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho.
INTRODUÇÃO
Benjamin Franklin disse que só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos. Índios não pagam impostos, mas morrem. Ela é a única realidade inevitável na vida. Disse Kierkegaard: “O homem nasce para morrer. E começa a morrer quando nasce”. As pessoas evitam pensar no tema, que é a única realidade comum a todos. Como fugir da única coisa certa? Ela assusta e é uma incógnita. Mas a Bíblia, o livro mais confiável do mundo, esclarece bem sobre ela. Quem acata o ensino da Bíblia sobre o que fazer na vida, pode esperar a morte usando o título da composição de Bach: “Vem, doce morte!”. Porque ela não é o fim. Quando morrermos, não será o fim. Será o início de algo fantástico: a concretização, na nossa vida, do que cremos. Cristãos imaturos temem a morte. Cristãos convictos não a desejam, mas não a temem. Quando ela vier, eles serão promovidos.
XVIII- MORTE
Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em consequência do pecado, a morte se estende a todos (1). A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo (2). Com a morte está definido o destino eterno de cada homem (3). Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor” (4). Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus (5). Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram (6).
(1) Rm 5.12; 1Co 15.21-26; Hb 9.27; Tg 4.14
(2) Lc 16.19-31; Hb 9.27
(3) Lc 16.19-31; 23.39-46; Hb 9.27
(4) Rm 5.6-11; 14.7-9; 1Co 15.18-20; 2Co 5.14,15; Fp 1.21-23; 1Ts 4.13-17; 2Tm 2.11
(5) Lc 16.19-31; Jo 5.28,29
(6) Ex 22.18; Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.10; 1Cr 10.13; Is 8.19; Jo 3.18
OBSERVAÇÕES
1. A morte veio como consequência do pecado: Romanos 3.23 e 6.23. Deus é a fonte da Vida; afastar-se dele é morrer. Ao pecar, a humanidade se afastou da Vida e morreu. Há morte física (Hb 9.27), espiritual (Ef 2.1) e a eterna (Ap 20.14-15). Quem só nasce uma vez, está morto e morrerá mais duas vezes. Quem nasceu duas vezes (a segunda vez pela conversão) só morrerá uma vez e voltará a viver.
2. A obra de Jesus não foi pregar amor, mas dar vida: João 10.10. Vejam-se também 1João 2.25, 4.9 e 5.11. Ele quebra o poder do pecado: 1João 3.8.
3. Quando Cristo retornar, voltaremos à vida: 1Tessalonicenses 4.13-18. A questão mais importante não é morte. É a vida depois da morte. Todos morreremos. É líquido e certo. A questão é: depois da morte, para onde ir? Qual o destino final? Vida após a morte ou morte após a morte? João 3.17-18 é um desafio à reflexão. Crer no Filho, a fonte da Vida, para ter a Vida. Ou recusar o Filho e permanecer na morte.
4. A fonte de orientação sobre o futuro espiritual de cada um de nós é a Palavra de Deus. Nem mesmo a pretensa consulta aos mortos pode ajudar. “Os mortos não sabem coisa nenhuma” (Eclesiastes 9.5). A Bíblia sabe: Isaías 8.19-20 e Lucas l6.27-31. Creiamos em seu ensino!