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Palestras

A fantasia do Código da Vinci – Uma avaliação não fantasiosa

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A FANTASIA DO CÓDIGO DA VINCI: UMA AVALIAÇÃO NÃO FANTASIOSA

Apresentado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para os jovens da IB do Cambuí, em 29 de abril de 2006.

INTRODUÇÃO

O segundo livro de Dan Brown, Fortaleza Digital, dá uma idéia da mente do autor de O Código da Vinci. O livro é confuso, cheio de reviravoltas. Prende o leitor, mas o enredo é um caos de eventos sucedendo-se um após o outro, em tom dramático, de modo absolutamente inverossímil. Sei que ficção é imaginação. Mas mesmo nos maiores arroubos criativos, a ficção guarda certa probabilidade. Ninguém pensaria que a aventura alucinada de Fortaleza tivesse qualquer verossimilhança. Mas O Código, de enredo mais confuso e absurdo, trouxe um frenesi, como se fosse real. Compreende-se: é uma obra que ataca a Igreja Católica, mostrando-a como se fosse um bando de velhos mafiosos, põe em xeque os fundamentos do cristianismo e super-humaniza a pessoa de Jesus. Este último é um processo de dessacralização de sua pessoa, o que já se faz com a tentativa de humanizar a Igreja, dessacralizando-a e nivelando-a a qualquer outra instituição. Alguns têm gostado muito de um Jesus mais humano e de uma igreja mais humana, como se os pregadores os apresentassem como desumanos, e não notam que é uma tentativa de minimizar a divindade de Jesus e a origem divina da igreja. É bom abrir os olhos.

A popularidade da obra de Brown se explica por tratar de dois temas caros ao ocultismo: a enigmática figura de Da Vinci e a busca do cálice da ceia, chamado de Santo Graal. Este Santo Graal tem recebido as mais absurdas interpretações. A ala festiva da maçonaria, que prima por um esoterês ridículo e primevo, chega a ponto de dizer que Melquisedeque usou este cálice para trazer vinho para Abrão (Gn 14). Isto basta para mostrar que este pessoal não pode ser levado a sério. No livro, à página 257 (na edição em inglês, da Doubleday), descobre-se que busca do Santo Graal é uma alegoria “para ajoelhar-se diante dos ossos de Madalena” [1]. Procuram-se os ossos de Maria Madalena, mas eles já foram encontrados e fazem parte de festival de relíquias macabras, da Igreja Católica, sendo levados anualmente em procissão [2]. Ela representa a Mãe Terra, no culto pagão da reprodução. Este culto foi abordado nas obras de Marion Bradley, As Brumas de Avalon, o que mostra que Brown não age isolado de um contexto ou de uma ação.

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A força da ignorância (ou: socorro, não aguento mais cantar corinhos!)

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A força da ignorância (ou: socorro, não aguento mais cantar corinhos!)

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para o Encontro de Músicos, na PIB de Manaus, 15.11.8

 

            Vivemos mesmo numa época de ignorância, de obscuridade intelectual e de irracionalismo. Infelizmente, a ignorância tem se tornando jóia cultivada neste país, e os mais pensantes são cada vez mais postos de lado. Quando um político de expressão nacional diz que livro é como academia de ginástica: a gente olha e foge, é porque a coisa ficou feia mesmo. O pior é que a ignorância é cultivada com arrogância. Parece que quanto mais ignorante, mais digno de crédito. E a espiritualidade evangélica tem se distanciado do pensar, que tem sido cada vez mais visto como ato carnal, quando não diabólico. A ignorância está em alta. Está difícil ser evangélico, também, hoje, a quem é pensante.

            Ouvi no noticiário televisivo: um rapaz de vinte e poucos anos, gaúcho, estudante de Teologia na Bolívia, desapareceu nos Andes, quando fora escalar uma montanha de 6.300 metros. O rapaz não tem experiência alguma de alpinista, e ainda assim foi sozinho porque, segundo a mãe, queria ter uma experiência com o Espírito Santo, queria encontrar o Espírito Santo. Como achou que ele é boliviano e mora nos Andes foi fazer a escalada.

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A Conversão Da Globeleza

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A Conversão Da Globeleza

 

            Na revista “Veja” de 5 de novembro há uma entrevista com Valéria Valenssa, que durante muitos anos fez as chamadas para a programação de carnaval da Tv Globo, sambando com apenas uma cobertura de tinta e purpurina no corpo. Valéria fala de sua conversão e de seu novo estilo de vida. É uma reportagem que merece atenção e provavelmente muitos a comentarão. Mas gostaria de observar alguns pontos que me parecem relevantes.

            Tudo começou com sua frustração porque com o nascimento do seu segundo filho, a Globo a avisou que estava à procura de uma nova Globeleza, que era como ela era chamada, “Mulata Globeleza”. Para não perder o lugar, ela fez de tudo. Engordara 10 quilos, mas fez lipoaspiração, colocou próteses e perdeu o peso extra. Mesmo assim foi substituída. Segundo ela, “caí em profunda depressão. Eu tinha o mundo a meus pés e, no dia seguinte, não tinha mais nada”. Então ela começou a frequentar cultos de um grupo de funcionários evangélicos da Globo, e se converteu. Ela sempre se impressionou com a personalidade da cantora Aline Barros e isto a motivou para procurar o evangelho.

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Pregação bíblica: como manter a relevância e a sensibilidade

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Pregação bíblica: como manter a relevância e a sensibilidade

Preparada e apresentada pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho ao Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, 31.10.8

 

INTRODUÇÃO

Começo pela leitura da Bíblia, não por costume, mas por ser absolutamente indispensável. Leio Neemias 8.8-9: “Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura. E Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam o povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus; não pranteeis nem choreis. Pois todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei”.

Este texto traz a melhor definição de pregação bíblica que conheço. Há quatro aspectos que são admiráveis e que devem nortear nossa pregação:

1) Leram no livro, na lei de Deus

2) Deram o sentido

3) De modo que se entendesse a leitura

4) Todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.

Pregar é ler a Bíblia, a Palavra de Deus, dar o seu sentido de modo que o auditório entenda o que foi lido e seja impactado pelo que foi dito, porque entendeu a Palavra. Só há pregação quando há ensino da Bíblia. Se a Bíblia não foi lida nem pregada houve um discurso religioso, mas não pregação. E a pregação deve comover as pessoas, deve mexer com seu íntimo. Não é cabível que pessoas sejam postas diante de uma exposição da Palavra de Deus por um homem de Deus e não sintam nada em sua vida. Mesmo que seja uma reação negativa, como a do rei Jeoiaquim, que queimou a mensagem de Jeremias que Baruque lhe leu (Jr 36.23). A exposição da Palavra de Deus deve produzir impacto na vida das pessoas.

Pregar não é dar informações religiosas. É falar das realidades de Deus, e falar com paixão. Porque só pode falar das realidades de Deus quem as vivencia, como era o caso de Esdras, no texto de Neemias. Esdras não era um tagarela de assuntos espirituais. Era um homem de Deus. Dele se diz: “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças” (Ed 7.10). Dizem que há uma crise de pregação em nosso tempo. Creio que a crise seja de homens comprometidos com a Bíblia. É crise por escassez de homens que “tenham preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar os seus estatutos e as suas ordenanças”, parafraseando Esdras. A pregação apaixonada de um homem apaixonado pela Bíblia ainda atrai as pessoas. Pode ser desinteressante para um tipo de cristianismo festivo, oba-oba, com a consistência de goma de mascar. Mas cristãos sérios ainda quedam admirados diante da exposição da Palavra de Deus. Por isso, se há crise, não é de pregação, mas de pregadores. Assim temos este assunto: “Como manter a relevância e a sensibilidade na pregação?”. Atrevo-me a alinhavar algumas sugestões nesta palestra.

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Como conservar a unidade entre a diversidade

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Como conservar a unidade entre a diversidade

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, para a Associação Batista Gonçalense, abril/2008

 

 

INTRODUÇÃO

            Amigo de correspondência, pastor de outra denominação, me indaga se os batistas não estariam melhores se houvesse um controle sobre as igrejas, para evitar problemas doutrinários como G12, por exemplo. Ainda não lhe respondi pois tinha muita coisa por fazer e a resposta demanda tempo. Além disto, esta palestra tocaria no assunto e me permitiria ter mais raciocínio para responder.

            Há em nosso meio um pensamento com tendência a um controle externo sobre as igrejas. É uma reação a alguns abusos que aconteceram em nosso arraial. Infelizmente, todos conhecemos casos de gente pouco honesta que mudou lentamente as doutrinas na igreja, até levar o patrimônio consigo ou para outro grupo. É lamentável. Mas não creio que policiar as igrejas seja a solução. Mesmo porque na doutrina batista, as igrejas são a denominação e são elas que devem controlar as instituições. Chamamos nossas instituições de denominação, mas denominação são as igrejas batistas e não as convenções. Foi em 1879 que se organizou a primeira igreja batista no Brasil, e a Convenção Batista Brasileira surgiu em 1907. Não foi a convenção que criou o trabalho batista no Brasil, mas as igrejas batistas que criaram a convenção. E não a criaram para tutelá-las, mas para servi-las.

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A questão da liturgia

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A questão da liturgia

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

         Liturgia é palavra que nos vem do grego leitourgeía. Originariamente, o termo se usava para o serviço público.  Na democracia grega significava o serviço que um cidadão prestava ao povo. No Egito, na época dos Ptolomeus, significava o serviço público, inclusive remunerado. O litúrgico era o funcionário público.

         A LXX usa o termo para designar o serviço dos levitas no templo. A literatura grega-cristã a usou o termo liturgia para designar o culto cristão e seus ritos. Serviu para designar o culto público, em contraste com o culto privado.

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A igreja, mais uma família que uma instituição

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A igreja, mais uma família que uma instituição

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a Associação Batista Gonçalense, abril de 2008

 

            O tema desta palestra é o título de um capítulo do livro À igreja, com carinho, de minha autoria [1]. Mas não é um resumo do capítulo.  Segue na mesma linha e o complementa. Trata de uma necessidade da igreja contemporânea e adverte para um perigo que ela enfrenta, a descaracterização.

            Esta descaracterização já se nota na tentativa de definição. Tomemos a palavra de Jesus, “edificarei a minha igreja”, em Mateus 16.18. Não teremos dificuldades em afirmar isto: a igreja é de Jesus. Mas teremos dificuldades em definir o que é igreja. Ela é de Jesus, mas o que ela é, exatamente?

 

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Para onde vamos após a morte?

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Para onde vamos após a morte?

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para os pastores da Associação Batista Gonçalense, abril de 2008

 

INTRODUÇÃO

Saber o que nos acontece após a morte é uma curiosidade natural para quem crê na sobrevivência da alma. O materialista nada tem a especular aqui. Sua vida é pobre e se resume à sobrevivência física. Morrendo ele, tudo se acabou. Mas os que pensam em vida após a vida têm esta curiosidade. Para onde vamos após a morte?

A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é clara neste tópico (como o é em todos os tópicos). Diz ela, no item 16, intitulado “A Morte”, na sua quarta afirmação: Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor”.  E alista as seguintes passagens bíblicas: Romanos 5.6-11 e 14.7-9, 1Coríntios 15.18-20, 2Coríntios 5.14-15, Filipenses 1.21-23, 1Tessalonicenses 4.13-17 e 5.10 e 2Timóteo 5.11. Vamos começar a partir daqui.

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O uso do Antigo Testamento na pregação contemporânea – Parte Um ? Uma Visão Equivocada

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O uso do Antigo Testamento na pregação contemporânea

Parte Um – Uma Visão Equivocada

 

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Quando fui professor de Homilética na Faculdade Teológica Batista de S. Paulo, nos anos setentas, pedi que os alunos da disciplina fizessem um levantamento da proporção de mensagens pregadas no Antigo e no Novo Testamentos. Fogem-me os dados, porque muito tempo já decorreu e porque nas mudanças muito papel se perde, mas recordo-me que a proporção estava em quatro sermões no Novo Testamento para cada sermão no Antigo Testamento.

 

                Deve ter havido uma mudança nesta situação. Há hoje uma pregação maciça no Antigo Testamento. Isto não é ruim em si mesmo. O ruim é que se vê muita pregação no Novo Testamento com este sendo analisado pelo Antigo. Está havendo uma supremacia do Antigo sobre o Novo não apenas em quantidade, mas como critério de interpretação. O Antigo tem interpretado o Novo e seus pressupostos teológicos têm sido empurrados para a Igreja, a comunidade do Novo. A Igreja precisa conhecer o Antigo Testamento, mas não precisa obedecê-lo. E, por favor, não me acusem de antinomismo. Na medida em que a palestra caminhar entenderão o que quero dizer, se já não entenderam logo. São inteligentes e não quererão fazer “pegadinhas”. Isto é coisa de meninos.

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O uso do Antigo Testamento na pregação contemporãnea – Parte Dois ? Buscando Acertar

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O uso do Antigo Testamento na pregação contemporãnea

Parte Dois – Buscando Acertar

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

 

INTRODUÇÃO

Na palestra anterior mencionei o volume de pregações no Antigo Testamento, ressaltando alguns equívocos que vêm sendo cometidos, como o da mera transposição do texto, o apelo à alegorização e a desconsideração de  um princípio teológico elementar, o da revelação progressiva.

 

Na presente palestra pretendo mostrar algumas maneiras de trabalhar o texto bíblico do Antigo Testamento em nossas mensagens. Um dos problemas que podemos ter em pregar mensagens nesta parte da Bíblia é que, mesmo com a exegese correta, a mensagem pode ser excelente para uma sinagoga, não para uma igreja. A questão é: como pregar o Antigo Testamento, como um pregador cristão, falando de Cristo para um auditório cristão? Chamei a atenção para o fato de que pregamos a Cristo e devemos ver que o Antigo Testamento dá testemunho de Cristo. Vamos por aqui, então. Quais os passos corretos?

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A Obra do Espírito Santo

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A Obra do Espírito Santo

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a aula inaugural da EBD da Igreja Batista do Cambuí, 6 de abril de 2008

 

 

INTRODUÇÃO

Qual é, exatamente, a obra do Espírito Santo? Há muita confusão em nossos dias sobre este assunto. Para alguns, vivemos na “era do Espírito” e ele se manifestou a algumas poucas pessoas, que lideram ministérios evangélicos que muitas vezes trazem escândalos,  e que vivem fora do controle das igrejas e dos crentes. Mas a Bíblia diz que Jesus é o clímax da revelação (Hb 1.1-2), e não o Espírito Santo. E que Deus escolheu a igreja, não ministérios específicos nem homens especiais, para manifestar sua sabedoria ao mundo e às potestades espirituais (Ef 1.10). O cristianismo é Jesus, não o Espírito. O propósito de Deus passa pela igreja, não por apóstolos autonomeados ou por ministérios cujas finanças ninguém acompanha e que são dirigidos de forma imperial.

 O Espírito Santo tem sido blasfemado por pessoas que dele se aproveitam para formar impérios ou levantar movimentos pessoais, à parte de qualquer controle dos crentes.

Qual é a função do Espírito Santo? Dar choque nas pessoas? Energizar o culto, trazendo euforia às pessoas? Levá-las a uma segunda bênção? Muitas afirmações são feitas, mas poucas têm embasamento bíblico. A resposta deve ser buscada na Bíblia. Afinal, em questões teológicas, se somos cristãos evangélicos, a fonte de autoridade não é a palavra de algum pastor iluminado ou o que alguém sentiu. Nossa fonte de autoridade deve ser sempre a Escritura Sagrada, a Bíblia. O testemunho que ela mesma dá a seu respeito é contundente: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Ela discerne nossos pensamentos e intenções, está acima deles. Ela é a verdade, no dizer de Jesus: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). O que ela diz ser a obra do Espírito Santo? Esta é a questão: o que a Bíblia diz?

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Um estudo sobre a igreja

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Um estudo sobre a igreja

Preparado pelo Pr. Isaltino G. C. Filho

INTRODUÇÃO

O que é, exatamente, uma igreja?

As respostas são as mais variadas possíveis, dependendo da visão de cada um. Por isto precisamos nos cingir o mais possível ao ensino das Escrituras. Nossos conceitos teológicos são determinados, em grande parte, por nossa visão denominacional e conceitos pessoais. Muitas vezes pomos na Bíblia o que queremos, em vez de tirar dela o que devemos. No presente estudo a preocupação não é mostrar o modelo batista ou denominacional, mas os padrões bíblicos que nos ajudarão a entender o que é a igreja.

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O Simbolismo Judaico e as Igrejas Neopentecostais

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O Simbolismo Judaico e as Igrejas Neopentecostais

 

A Solução Dada Por Estes Grupos Para Matar A "Sede Simbólica Das Comunidades”

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para o Congresso de Adoração, acontecido na quinta-feira, dia 26 de julho, por ocasião da 99ª Assembléia da CBF, em Cabo Frio, RJ

 

            Originalmente, a palavra grega symbolon significava “sinal de reconhecimento”. Na Antigüidade, quando um rei enviava um representante para outro país com a finalidade de colher informações secretas, ele quebrava um objeto qualquer em duas partes, guardava uma consigo e entregava a outra ao seu enviado. Esta segunda parte era o symbolon, que identificava o portador com o rei. Obtidas as informações, o enviado fazia-as chegar ao rei. Junto com elas ia o symbolon, o que provava a legitimidade de sua informação. O symbolon era a adaptação de uma parte à outra, do objeto quebrado.

 

          

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O Casal e Ninguém Mais

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O Casal e Ninguém Mais

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para os casais da IB do Cambuí, em 14 de abril de 2007
 

INTRODUÇÃO

Começo com o artigo de Fábio Toledo, Juiz de Direito em Campinas, em seus dois primeiros parágrafos, conforme publicado no “Correio Popular”, de 9 de abril de 2007: 

“Lembro-me de uma ocasião em que indaguei a um marido as causas que o levaram a procurar a separação, ele me respondeu cheio de amargura: ‘Doutor, cada vez estou mais convencido de que o casamento é uma loteria, uns acertam, outros erram, mas ninguém sabe exatamente o porquê. É questão de sorte’. Será que o bom êxito na vida conjugal é mesmo uma loteria?

Num curso que participei sobre o relacionamento conjugal, já próximo ao final do evento, o palestrante concluiu que o que sustenta uma relação entre marido e mulher é a qualidade dos momentos que se passam juntos “.

Vou começar por aqui. Seguir na linha dele, ajuntando alguns outros comentários. Começo afirmando o óbvio, que o Juiz Fábio também afirma: casamento não é loteria. É produto de trabalho, investimento pessoal e determinação. Não é aventura nem jornada para deslumbrados, sem noção do que seja a vida. Tenho notado que muita gente que tem casamento fracassado tem também uma visão frívola, muito superficial da vida. Há pessoas sem noção de compromisso, de necessidade de mudar, de corrigir e de se adaptar. Já notei um traço comum em casamentos que não deram certo. Uma das partes ou as duas desejam que o mundo se adapte a elas. Da mesma forma esperam que faça o cônjuge. São pessoas que se colocam como centro dos acontecimentos. Têm uma incrível capacidade de se desculpar e não menos incrível capacidade de culpar o mundo. E azedam a vida ao seu redor.

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Uma Igreja Preparada para o Presente Século

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Uma Igreja Preparada para o Presente Século

 

Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para a Igreja Batista Memorial de Belo Horizonte e apresentado em 25.3.2007

 

            Receio temas assim. Explico: não gostaria que as pessoas pensassem que precisamos de uma igreja que varie conforme a época. Anos  atrás fui preletor num congresso de uma denominação irmã, falando sobre o tema: “O perfil do obreiro do século 21”. Comecei com esta pergunta: “Como deve ser o obreiro do século 21?”, e respondi: “Como o obreiro do século 20, do século 19, do século 15”. E mostrei que deveria ser um obreiro cristocêntrico, bibliocêntrico e eclesiocêntrico.


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É Preciso Ter Coragem

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É Preciso Ter Coragem

por Pr. Elias Moreira da Silva

       Desde que deixei o ministério de música de uma de nossas Igrejas, depois de 16 anos, tenho visitado outras igrejas e observado com apreensão o rumo que estamos tomando na nossa forma de adorar.

 
       Adoração coletiva tem tomado um caminho muito individualista. Cada pessoa, ou dirigente, ou pastor, tem um gosto por uma forma particular. Encontramos pessoas que se expressam quanto à forma de adorar, assim: “É preciso que o culto seja espontâneo”, outros “Eu acho que temos que ter liberdade para nos expressarmos”, outros “Nós temos que nos afastar da formalidade” etc…

 
       Estamos na era do data-show, das coreografias, das danças, dos ritmos fortes que nos sacodem e nos fazem pular, bater palmas, dar gritos pra Jesus.

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